segunda-feira, 15 de junho de 2009

Sonho

Estávamos sentados em cadeiras de madeira, cadeiras duras e desconfortáveis, numa esquina movimentada, pessoas iam e viam, não dava nem para distingui-las. Nem seu rosto era tão claro assim, eu via, mas não sabia quem, mas no fundo era você ou mais ninguém. Ficamos ali, um tempo indeterminado, jogando conversa fora, e trocando palavras as vezes doces as vezes ásperas, mas não se machucou. Eu sai meio ferida, não me lembro com qual frase, mas sai dali meio abatida, sem nos despedirmos nem nada, e eu já estava com tantas saudades de você. Bom, quero ser sincera ao máximo, e não, não foi uma frase dura, foi doce, e até demais, doce e inebriante. Mas dali eu fui pra casa. Nós brigamos, foi isso, eu briguei, briguei comigo mesma e com você por dentro, mas você não me ouvia e até isso me doeu, e você deve imaginar o quanto, me desmanchei inúmeras vezes pra te alertar "sua amizade é importante pra mim, mas você vai embora, eu sei, todos vão".

Marcella Casari

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Um comentário:

Leticia Goes disse...

leia no meu blog o poema "todos sempre partem"