quarta-feira, 2 de abril de 2008

Sem nome ainda

Mais um texto sem nome, esse eu queria mesmo que fosse meu livro, a princípio tive muitas idéias, mas elas logo falharam, decepicionei-me, mas enfim, este aqui é o começo de mais uma história sem fim:

Foi de repente quando eu decidi que seria melhor esquecer de muita coisa. Foi ai então que eu fechei a porta do quarto com cuidado, esperando talvez que ela não me deixasse ir embora. Catei as malas que estavam no sofá da sala, e fechei a última porta que havia para se fechar, tranquei-a e joguei a chave por debaixo dela. Segui pelo corredor mal-iluminado do prédio, cabisbaixo, se ao menos tivéssemos discutido, quem sabe me sentiria mais aliviado de tamanho arrependimento. Mas agora não havia sentimento algum que me fizesse voltar atrás, abrir as portas, descansar ao lado dela.
Estava fatigado. O dia no trabalho foi penoso, cheio de coisas para fazer, broncas intermináveis que tive que escutar devido ao meu atraso, telefones que zumbiram o tempo todo, o lanche que não deu tempo para comer, estava ainda faminto. Entrei no carro, deixei as malas no banco traseiro, coloquei as mãos no volante e num suspiro quase aliviado percebi que não tinha para onde ir. Ela estava dormindo ainda, quando sai.Liguei o motor quase implorando para que ele não falhasse, e não falhou. Segui por ruas que conhecia muito bem, e por outras que nem sabia que existiam. Pensei em Pedro, talvez ele tivesse como me ajudar naquele momento.


Marcella Casari

Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

Um comentário:

Anônimo disse...

eu quero continuação :D