sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A fraqueza mais forte

Eu não estou a ponto de partir ao meio. Nenhuma linha traça meu bom senso, não estou à beira da loucura, entre o alívio e a ânsia. Eu não estou partindo, nem me fechando ao mundo, não sou insensata, ingrata e cega. Eu não perdi o controle, não
deixei pra lá o discernimento e nem o sorriso na cara. Eu não perdi a alegria que você me dá, eu não perdi a vontade de te ver, não perdi o seu rosto da minha cabeça, a sua voz, seu semblante, seu sorriso, seus olhos, sua boca, suas mãos nas minhas, você do meu lado, eu não perdi a força de vontade, a coragem, a luta dentro do peito, eu não perdi a fé, a esperança. Eu perdi meus medos, esses eu joguei fora de mim, pra não desmerecer nada. Eu não reclamo atôa, mas eu te peço, perdoe-me por minhas reclamações inúteis, por minha pressa, perdoe-me por ser chata, insistente, inconveniente, apressada, mal-humorada, reclamona, grossa, nervosa, estressada, irritante, angustiada, perdoe-me por ser difícil pra mim, perdoe-me se te causo problemas, confusões.

Marcella Casari

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Um comentário:

Anônimo disse...

De todos, a partir do Exdruxulismo, é o que mais me encomoda. Porque toda a vez que leio, eu não consigo ver nenhum desses adjetivos ruins que você descreve. E também não vejo, não encontrei, não senti ainda se há algum motivo para eu te perdoar.